Quando falamos em "estar no mato", acampar ou ainda em ecologia e biodiversidade pensamos logo no mato é claro (no verde, na mata, nas árvores, bosques, etc), animais do tipo pássaros e até em onça, mas dificilmente (com raras exceções) lembramos dos insetos.
Há sim, lembramos dos insetos, mas dos malfadados pernilongos (muriçocas, carapanãs), que insistem em nos atormentar.
Mas o que são os insetos?
Antes de mais nada os insetos são importantes sim para o equilíbrio ecológico, os insetos são animais, isso mesmo animais do filo dos artrópodes que constituem um grupo de seres com o maior número de espécies existentes. Muitos destes insetos , são bem conhecidos nossos como os já mencionados pernilongos, também as baratas, vespas, abelhas, moscas, borboletas, lagartas, formigas e a lista segue.
Os insetos dominam praticamente todo o planeta. Eu diria ainda que os insetos dominam cada canto e fresta conhecida e desconhecida pela sua grande capacidade adaptativa e evolutiva. Dentre estas características esta a presença do exoesqueleto comum a outros artrópodes, presença de asas em algumas espécies que garantem o voo, ovos resistentes e desenvolvimento indireto, o que garante que os adultos e jovens não apresentem competição por recursos, como por exemplo alimentos.
Como já mencionei, os insetos, que são artrópodes, apresentam um exoesqueleto resistente, pernas articuladas e músculos desenvolvidos além de:
- o corpo é dividido em 3 partes: cabeça, tórax e abdómen;
- possui 6 pernas (três pares);
- 2 pares de asas, que pode ser vista na maioria das espécies, algumas não tem asas como as formigas operárias (rainhas e machos possuem asas no período de acasalamento);
- 1 par de antenas;
- dois olhos (1 par) compostos;
- peças bucais aparentes.
Estas são características aparentes que podem ser vistas muito facilmente, mas os insetos possuem outras características imporantes como trocas gasosas realizadas por traqueias, sistema circulatório aberto, sistema de excreção por túbulos de Malpighi e um sistema nervoso formado por gânglios nervosos ventrais que saem de um primitivo cérebro localizado na cabeça.
Como já comentei os insetos possuem desenvolvimento direto ou indireto dependendo da espécie que vamos observar ou estudar. Mas para resumir no desenvolvimento direto os adultos e jovens são diferenciados pelo tamanho e maturidade sexual. Já no indireto o desenvolvimento acontece por fases, chamadas metamorfose, que pode ser incompleta ou completa.
Insetos com metamorfose incompleta ou gradual, observa-se o desenvolvimento hemimetábolo, isto é, poucas mudanças são observadas e elas surgem após algumas mudas sucessivas. O estágio imaturo é chamado de ninfa, quando terrestre, e náiades, quando aquáticos. Um exemplo de inseto que realiza esse desenvolvimento é o gafanhoto.
Quando se trata de metamorfose completa, o desenvolvimento é holometábolo. Nesse caso, são observadas muitas variações no corpo do organismo. Nas borboletas, por exemplo, verifica-se a presença de uma larva, depois a fase de pupa e, somente após essas fases, o animal torna-se completamente adulto.
Muitos insetos como as baratas causam nojo e outros como os pernilongos são transmissores de doenças além de serem bem irritantes, mas os insetos exercem papel importante no meio ambiente, não podendo ser, portanto, eliminados por completo. Um dos papeis principais dos insetos é a polinização das angiospermas, ou seja, das plantas floríferas. Entretanto, apesar de ajudarem na reprodução, os insetos também prejudicam as plantas. As lagartas, por exemplo, ingerem uma grande quantidade de tecido vegetal.
Muitos insetos estão relacionados com a decomposição da matéria orgânica, uma vez que se alimentam de restos orgânicos como folhas, madeiras, restos de alimentos, carne de animais que morrem, etc. Vale destacar também a importância desses animais para as cadeias alimentares, servindo de alimento para várias espécies e alimentando-se de outras.
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